Imposto de Renda 2025: contribuintes falam sobre suas dificuldades; veja como resolvê-las

Reunir todos os documentos necessários e informar investimentos em renda variável são as maiores dificuldades dos leitores para declarar o Imposto de Renda 2025. As respostas foram registradas em enquete realizada no canal de WhatsApp da Inteligência Financeira. Abaixo, reunimos as soluções para cada uma das principais dificuldades apontadas.

A pesquisa foi enviada aos leitores às 11h de quarta-feira (23). As respostas coletadas às 14h30 de quinta-feira (24). A enquete, contudo, segue recebendo votos.

Dos 255 respondentes, a maioria (54,90%) ainda não declarou o Imposto de Renda 2025. O resultado bate com as estatísticas oficiais da Receita Federal. A autarquia espera receber 46,2 milhões de declarações até 30 de maio, mas até agora registrou apenas 15,7 milhões de prestações de contas.

Dos que ainda não declararam, a maior parte (105 ou 41,18%) pretende declarar nos próximos dias. Outros 35 respondentes (13,73%) afirmaram que intencionam prestar contas com a Receita apenas nos últimos dias do prazo. O que, por sinal, é uma estratégia de parte dos contribuintes com a Selic em alta.

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Reunir documentos e declarar renda variável são as principais dificuldades dos leitores

Das opções disponibilizadas na enquete, reunir os documentos necessários e declarar os investimentos em renda variável tiveram o maior número de votos dos leitores como as principais dificuldades para declarar o Imposto de Renda 2025.

Ao todo, 71 respondentes (40,38%) citaram os documentos como principal entrave. Em segundo lugar veio a declaração de ações e outros produtos de renda variável, com 57 respostas (36,54%). Cada leitor poderia votar em apenas uma opção dentre as disponíveis.

Pergunta: Qual a maior dificuldade que você vê para declarar o Imposto de Renda 2025?

Quais documentos são necessários para declarar o IR 2025 e como reuni-los?

A lista de documentos necessários para declarar o Imposto de Renda 2025 inclui uma relação geral comum a todos os contribuintes e outros que variam de acordo com o perfil dos bens e rendimentos de cada pessoa.

De largada, é preciso ter em mãos os documentos de identificação do contribuinte e dos dependentes, comprovante de endereço e a última declaração do Imposto de Renda. Esta é possível encontrar no site da Receita, no sistema ‘Meu Imposto de Renda’.

Depois, o passo seguinte é reunir os informes de rendimentos. Para quem trabalha no regime CLT, a primeira coisa a buscar é o documento emitido pela empresa, que deve ter sido fornecido obrigatoriamente até 28 de fevereiro.

Na sequência deve-se buscar os comprovantes de outras formas de rendimentos. Na lista estão trabalho não assalariado, aluguéis, pensões alimentícias, aposentadoria, pensão do INSS, seguro-desemprego e FGTS.

O próximo passo é reunir os documentos relacionados aos bens e direitos. Aqui um ponto importante para todos os investidores. É preciso reunir os informes de todas as instituições financeiras com as quais se mantém vínculo ou onde foram feitos investimentos.

Além disso, é necessário reunir contratos, escrituras e notas fiscais da transação de imóveis. Você ainda deve reunir informações sobre financiamentos em andamento, transações com criptoativos e notas de corretagem emitidas por corretoras.

Por fim, há os documentos dos gastos realizados. Aqui estão os papeis que contam sobre gastos com saúde e educação, previdência complementar, pagamento de pensão alimentícia, aluguéis e arrendamentos, gastos com profissionais autônomos e comprovantes de doações.

Para mais informações sobre cada categoria de documentos a reunir, acesse reportagem especial da Inteligência Financeira a respeito do tema.

Como declarar a renda variável?

Outra questão relevante dos investidores diz respeito a como declarar a renda variável no Imposto de Renda. Uma dúvida sincronizada, inclusive, com a anterior, uma vez que um dos pontos mais importantes de declarar ações e outros produtos desse segmento é a etapa de reunir toda a papelada.

Para declarar ações, por exemplo, você deve ter em mãos:

• As notas de corretagem;
• Os documentos de arrecadação de receitas federais (DARFs) pagos ao longo de 2024;
• Os informes de rendimento das instituições financeiras.

A declaração de renda variável envolve dois eixos principais: declarar os bens (o estoque de ações, por exemplo) e declarar os resultados das operações.

Como declarar o saldo das aplicações em renda variável

A primeira parte acontece na ficha ‘Bens e Direitos’. Ações, por exemplo, entram no grupo 3, ‘Participações societárias’. Por outro lado, os fundos imobiliários entram no grupo 7, ‘Fundos’.

Para cada produto de investimento você deverá detalhar esses bens. Citará, por exemplo, qual é a empresa emissora das ações, o custo médio de aquisição e a quantidade de ações em estoque.

Há uma conta mais complicada para quem comprou e vendeu ações da mesma empresa ao longo do ano. Se for o seu caso, leia a conta detalhada nesta reportagem.

Declare o resultado das suas operações em renda variável

O contribuinte deverá, na sequência, declarar os seus rendimentos. E, de forma mais geral, seus resultados mês a mês na operação de renda variável.

A declaração acontece por meio do tipo de rendimento. Em caso de dividendos de ações ou FIIs, por exemplo, o informe está na ficha ‘Rendimentos isentos e não tributáveis’. Vendas de ações de até R$ 20 mil por mês também entram nessa categoria.

Por outro lado, os rendimentos de Juros sobre Capital Próprio (JCP) entram na ficha ‘Rendimentos sujeitos à tributação exclusiva / definitiva’.

Por fim, o investidor deverá preencher a ficha ‘Renda variável’, detalhando suas operações mês a mês, informando os ganhos e perdas, além do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), se houver. Nesta área, ainda o contribuinte deverá diferenciar as operações comuns e day trade, isso em abas distintas.

Para saber mais sobre como declarar investimentos no Imposto de Renda 2025, acesse esta reportagem da Inteligência Financeira.

Você também pode conferir o curso em vídeo disponível gratuitamente na Minha IF, área logada para leitores. Fernanda Melo, especialista em investimentos do íon Itaú e colunista da Inteligência Financeira, apresenta o curso.