Haddad incentiva troca de dívidas caras por consignado privado com juros mais baixos
- Ministro Haddad incentiva troca de dívidas caras por consignado privado.
- Novo modelo de crédito consignado reduz juros e parcelas.
- Aplicativo Carteira de Trabalho Digital facilita acesso ao crédito.
- Governo busca combater superendividamento das famílias.
- Juros podem chegar a menos de 2% ao mês.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, incentivou os brasileiros a trocarem suas dívidas com juros altos por linhas de crédito mais baratas, por meio do novo modelo de empréstimo consignado para trabalhadores com carteira assinada.
“Às vezes você já está com uma dívida no cartão de crédito, no crediário, ou com uma venda daquele bairro com juros altíssimos. A primeira maneira de se organizar é trocando essa dívida cara por uma dívida barata”, afirmou o ministro durante evento em Cajamar (SP).
Segundo ele, a nova modalidade de crédito consignado pode reduzir pela metade o valor das parcelas mensais, graças aos juros mais baixos proporcionados pela garantia do desconto direto em folha.
Consignado privado foi lançado no meio passado
O programa, batizado de “Crédito do Trabalhador”, foi lançado pelo governo federal em março. A proposta é permitir que empregados formais, incluindo domésticos, rurais e trabalhadores vinculados a MEIs, acessem empréstimos consignados sem depender de convênios entre a empresa e os bancos, como acontecia anteriormente.
Pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, o trabalhador autoriza o compartilhamento de seus dados com instituições financeiras, e em até 24 horas pode receber propostas de crédito com juros menores — em alguns casos, inferiores a 2% ao mês, contra taxas que chegam a ultrapassar 10% no crédito rotativo ou no cheque especial.
“O banco reduz os juros porque tem a garantia do pagamento em folha. Isso dá segurança à instituição e permite que o trabalhador pague menos”, disse Haddad. “Quando os bancos privados entrarem com força nesse mercado, os juros podem cair ainda mais.”
Governo espera atacar superendividamento das famílias
Com a medida, o governo espera atacar uma das principais causas do superendividamento das famílias brasileiras: o uso recorrente de crédito com taxas abusivas.
O novo consignado para CLT surge como uma alternativa mais sustentável, especialmente para quem já tem prestações pesadas comprometendo boa parte do salário.
“Isso dá uma garantia para o banco, que permite a ele reduzir de 6% por mês a contagem de juros para menos de 3%. Os bancos públicos estão emprestando nessa modalidade já a 2,5%”, disse Haddad.
*Com informações do Valor Econômico
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